Nós somos lindos juntos! |
Recentemente uma minha colega da Faculdade de Direito confrontou-me com algo que, de certo modo, surpreendeu-me. Ela, por intermédio de outras minhas colegas (se assim se pode chamar) de curso, tinha visto um video, que eu e o meu grupo de amigos/família fizemos e colocá-mos no tão conhecido Youtube. Não sei bem como é que tais pessoas tiveram acesso ao tal video, uma vez que foi divulgado só para amigos, a verdade é que tiveram, e não é isso que agora está em causa.
Por instantes, e uma vez que fui apanhada de surpresa, senti-me envergonhada.
Uma colega desse curso tão digno de pessoas sérias onde a expressão pesada é sinal de maturidade e seriedade, ficou chocada com o meu manifestar de pessoa normal (penso eu).
Instantes depois, senti-me revoltada e a revolta crescente foi constante em mim.
Eu sou assim, sou paradoxal, sempre fui. Não sigo um padrão. Sou a pessoa séria e monótona que o mundo do Direito exige, e sou a pessoa extrovertida que faz vídeos sem nexo nem sentido com os primos, só por diversão. Sou a mesma pessoa e não tenho que escolher uma das posturas. Sou as duas e isso não faz de mim uma pessoa diferente.
Revoltei-me comigo mesma, por sentir vergonha do vídeo que fiz. Não é isso que molda a pessoa que sou. Quem me julga por momentos de pura futilidade e diversão é porque não me entende e se não me entende, é porque não me conhece. E se não me conhece, não merece consideração.
Sou boa pessoa. Acredito mesmo que sim. Mas isso não se julga por uma vídeo.
Aquela é a minha gente. Aqueles são os que me conhecem. Aqueles sabem quem eu sou, e não preciso de me justificar. São aqueles que me podem exigir justificações, e são aqueles que não o fazem.
Sou o que sou, sem rodeios, nem esforços fingidos. E é assim que tenho que ser.
É por eles que vivo, existo e luto. E são eles que não me julgam.
Sou o que sou, e tenho orgulho naquilo que sou. Sou paradoxal, mas também nem tudo tem que fazer sentido.